Hiato
Sinto como se estivesse morta.
Logo de cara, na saída
da sala
de parto me despedaço,
me despeço dele com um beijo
gelado,
a porta da vida se fechando
em seguida,
em silêncio
– o silêncio do teu pranto sufocado.
O tempo,
que a cada segundo
me faz mais irreal
(e que também há de levá-la),
espero que seque tuas lágrimas
sem afogá-lo no teu sal.
Quanto a mim,
nada me resta além
do agora
que é meu velório.
Viverei no cemitério,
para sempre vazia,
para que aquele
que por ti vela
sobreviva a mais uma noite
de vigília.
24/02/2012 (17h50)
Caramba hein Elton!!!
Esse poema ficou demais mano
sem palavras mesmo. Ficou excelente! =]
Realmente alguns amores não foram feitos para dar certo, mas apesar da dor da despedida a atitude de querer preservar ao máximo o outro e não guardar rancor é muito nobre.
Abrços Brother
Parabens!
End Fernandes
…
Ainda não sei bem sobre o que é esse. Jogos de palavras e, principalmente, de personagens.
Abraço!
Menino, fiquei tensa, muito tensa, pensando em mães mortas. Credo. Mas tá lindo.
Tem muita coisa nesse daí. Mas confesso que essa leitura me assustou, também. Não tinha me dado conta!