Desinocência
A esperança pode até não morrer, mas…
O que nos resta ao findarem os sonhos,
Se do nosso olhar eles são o brilho?
Quando a realidade num ardil desfaz o
Único elo entre ontem e eternamente
E não me resta nada além de um pouco de
Solidão que cheira a espírito doente,
A medo de expressar o que se sente,
Busco acreditar que estou só ficando louco
E que só me vai restar no peito ou na alma
Mera brisa passageira a cessar no inverno,
Depois de me roubar meu sono e minha calma.
E, contudo, desejo tê-la em linhas de desenho para
Levar comigo, tal qual um bálsamo de cheiro
Adocicado de um corpo que me devolve tudo o que (não?) tenho.
06/03/09 (19h54min), brincando de fazer acrósticos.
Leave a Comment