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Desinocência

March 6, 2009

A esperança pode até não morrer, mas…

O que nos resta ao findarem os sonhos,

Se do nosso olhar eles são o brilho?

Quando a realidade num ardil desfaz o

Único elo entre ontem e eternamente

E não me resta nada além de um pouco de

Solidão que cheira a espírito doente,

A medo de expressar o que se sente,

Busco acreditar que estou só ficando louco

E que só me vai restar no peito ou na alma

Mera brisa passageira a cessar no inverno,

Depois de me roubar meu sono e minha calma.

E, contudo, desejo tê-la em linhas de desenho para

Levar comigo, tal qual um bálsamo de cheiro

Adocicado de um corpo que me devolve tudo o que (não?) tenho.

06/03/09 (19h54min), brincando de fazer acrósticos.

From → Verso

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