A Chuva
De sua alma bela, sadia e forte,
De sua vida desafiadora da morte,
Agora restam, somente e só,
A sequidão opaca, o pó,
E o vento se ocupa de levar os restos
Para não sobrar deles nem sinal.
Suas veias só carregam dejetos
Da imundice das filhas do mal.
Todo o seu corpo, ferido,
Jaz inerte,
Maculado por virtuosos e bandidos,
Pisoteado diariamente,
E a exaustão por seus ferimentos
Sufoca e mata seu amor e seu sorriso.
Mas, para reavivar seus sentimentos,
Vai se completar o fim com novo início:
Quando cair a água da tormenta,
Cessará a dor da que não mais agüenta
Lágrimas verter por uma causa que não é sua.
Cessará sua dor quando vier à chuva…
30/05/2008 (08h50min)
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