Skip to content

A Chuva

May 30, 2008

De sua alma bela, sadia e forte,
De sua vida desafiadora da morte,
Agora restam, somente e só,
A sequidão opaca, o pó,
E o vento se ocupa de levar os restos
Para não sobrar deles nem sinal.

Suas veias só carregam dejetos
Da imundice das filhas do mal.
Todo o seu corpo, ferido,
Jaz inerte,
Maculado por virtuosos e bandidos,
Pisoteado diariamente,
E a exaustão por seus ferimentos
Sufoca e mata seu amor e seu sorriso.

Mas, para reavivar seus sentimentos,
Vai se completar o fim com novo início:
Quando cair a água da tormenta,
Cessará a dor da que não mais agüenta
Lágrimas verter por uma causa que não é sua.
Cessará sua dor quando vier à chuva…

30/05/2008 (08h50min)

From → Verso

Leave a Comment

Leave a comment